Durante a gravidez não faltam opções para a mulher se exercitar. Hidroginástica, pilates, ioga. Mas, e depois do parto? Cada vez mais as novas mamães têm encontrado oportunidade de voltar a fazer atividade logo após o nascimento do filho e o melhor: com o bebê a tiracolo.
A fisioterapeuta Ana Carolina Corrêa Freitas Salazar, 28, voltou a se mexer quatro meses após o parto. Gabriel, hoje com nove meses, faz natação três vezes por semana e dança materna às quintas-feiras na Casa Moara, no Brooklin (zona sul de SP). Para a mãezona, o melhor de tudo é o vínculo que cada dia se fortalece mais com o seu bebê. "É uma hora de relaxar e ao mesmo tempo curtir bastante o neném", comenta.
Na dança materna, Ana Carolina e as colegas de classe dançam com os pequenos acomodados em slings --espécie de canguru feito de pano-- que permite à mãe se movimentar livremente mesmo carregando o bebê. A empreendedora social Lais Fleury, 37, fez na semana passada uma aula experimental com a filha Alícia, seis meses, e aprovou. "O bacana que para o bebê tudo não passa de uma grande brincadeira que podemos fazer em casa também."
A professora da dança materna, Tatiana Tardioli, 34, conta que, além do vínculo com o bebê, a aula permite a ressocialização da mãe no pós-parto, além de melhorar dores nas costas e posturas na hora de carregar a criança. E os benefícios para as crianças também são visíveis. Além de gargalhadas durante a atividade, as mães contam que os bebês dormem e comem melhor nos dias de aula.
Outra opção que cada dia tem ganhado mais adeptos é o baby ioga. A instrutora de ioga e doula Priscila Cavalcanti, 46, da BarrigaBoa, diz que a atividade pode ser iniciada após 30 dias do parto. A aula --com duração, em média, de 45 minutos-- pode ser individual ou em grupo.
"Sempre temos que respeitar o tempo do bebê. Muitas vezes eles querem mamar, a mãe precisa trocar fralda. A aula é feita no tempo dele", explica. Priscila conta que todo o trabalho é voltado para relaxar o bebê e buscar o seu bem-estar.
"O tempo todo a mãe faz contato visual com o filho, o que aumenta o vínculo. Na aula, a mãe faz massagens no bebê o que o auxilia a dormir melhor e até evitar as cólicas."
NATAÇÃO
Uma opção que é mais comum nas academias da capital é a natação para bebês, mas nesta atividade os benefícios são voltados mais para a criança.
Renata Saad Torres de Oliveira, 38, é professora de natação da Pool Sports, na Aclimação (zona sul), e diz que a idade para começar a atividade varia de acordo com o pediatra do bebê.
"Alguns liberam após os quatro meses e outros somente após um ano", explica. Além de imersões, a aula ajuda a melhorar o tônus muscular e o sistema cardiorrespiratório da criança.
A bancária Débora Grilla Marra, 35, começou no mês passado a levar na natação a filha Giulia, 1 ano e seis meses, e já sentiu os benefícios. "Além de perder o medo da água, ela dorme bem melhor no dia de aula", conta a mãe.
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