Megadeth: TH1RT3EN

Há dois motivos para "TH1RT3EN" ser um grande álbum. Um deles é a volta de Dave Ellefson. Outro é o fato do Megadeth ter realizado uma turnê comemorativa de 20 anos do "Rust in Peace", tocando o álbum na íntegra. Parece que a volta do ex-companheiro somado à turnê que reviveu uma época de ouro para a banda inspirou Dave Mustaine a compor o novo disco.

Embora a comparação com "Rust in Peace" seja pertinente, o décimo terceiro álbum na discografia da banda traz elementos que se encontram em "Peace Sells... but Who's Buying?" e "Countdown to Extinction" - dois outros grandes discos da banda. É como se "TH1RT3EN" fosse um amálgama do que deu certo nesses discos.

Se não há novidade em "TH1RT3EN", também não há surpresas desagradáveis. É tudo muito 'Megadeth' e por isso mesmo, muito bom. Johnny K, o produtor, parece ter ficado nos bastidores, apenas garantindo um bom trabalho, sem se meter com idéias alheias ao espírito "Megadeth".

Vale comentar que algumas das canções foram escritas ou esboçadas há anos - "Black Swan", "New World Order" e "Millennium of the Blind" - e só agora ganharam uma versão final e um lançamento, o que reforça a idéia de que Mustaine e Ellefson resolveram resgatar o que havia de bom em seus baús pessoais.

Quanto ao título do disco, uma forma estilizada de dizer décimo terceiro, serviu de marketing para a banda: este é o 13º álbum na discografia, o aniversário de Mustaine é num dia 13 e ele começou a tocar guitarra aos 13 anos. O disco tem 13 faixas e a 13ª se chama "13". Rolaram até comentários sobre coisas estranhas acontecendo durante as gravações do álbum, numa referência ao azar que o número traria.

Ainda que todo o repertório seja interessante, "Sudden Death" - com um quê de "In to the Lungs of Hell" em sua introdução -, "Public Enemy No. 1", "Guns, Drugs, & Money" e "13" são os pontos altos do disco.


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