sábado, 21 de janeiro de 2012

Internet pode afetar o cérebro como álcool e cocaína

O vício pela internet pode afetar o cérebro da mesma maneira que a dependência das drogas. Cientistas chineses analisaram imagens cerebrais de adolescentes diagnosticados com "transtorno do vício de internet" e descobriram que as alterações nos órgãos dos pacientes eram semelhantes às observadas em pessoas viciadas em álcool, maconha e cocaína. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de novas abordagens de tratamento. O estudo foi publicado no periódico PLoS One.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Abnormal White Matter Integrity in Adolescents with Internet Addiction Disorder: A Tract-Based Spatial Statistics Study

Onde foi divulgada: periódico PLoS One

Quem fez: Fuchun Lin, Yan Zhou, Yasong Du, Lindi Qin, Zhimin Zhao, Jianrong Xu, Hao Lei

Instituição: Jiao Tong University Medical School, Xanghai

Dados de amostragem: 17 adolescentes viciados em internet, 16 adolescentes saudáveis

Resultado: O estudo relacionou, pela primeira vez, o vício pela internet e danos ao cérebro. Os dados mostraram que viciados em internet possuem alterações no cérebro semelhantes às pessoas viciadas em drogas como a maconha e a cocaína.












A pesquisa, financiada pela Fundação de Ciências Naturais da China, analisou imagens de cérebro de 17 adolescentes viciados em internet e as comparou com 16 jovens saudáveis. Os resultados mostraram danos nas fibras de massa branca cerebral que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. Alterações semelhantes já foram observadas em estudos com pessoas viciadas em álcool e cocaína.

Os autores admitem que não é possível dizer se as mudanças no cérebro são causa ou consequência do vício pela internet - é possível que pessoas jovens com alterações cerebrais sejam mais propensas ao vício. "Os resultados sugerem que a integridade da massa branca pode servir como base para o tratamento de pessoas que não conseguem se desvencilhar da internet", disseram os autores.







Fonte: Revista Veja

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