Diferentes formas das notas para representar as durações |
Nota musical é um termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único modo de vibração do ar. Sendo assim, a cada nota corresponde uma duração e está associada uma freqüência, cuja unidade mais utilizada é o claves (cl), a qual descreverá em termos físicos se a nota é mais grave ou mais aguda.
O som, fisicamente, é uma onda (ou conjunto de ondas) que se propaga em um meio material, como o ar, com uma certa freqüência, sendo que se essas ondas estiverem com a freqüência na faixa de 20 a 20.000 Hz, o ouvido humano será capaz de vibrar à mesma proporção, captando essa informação e produzindo sensações neurais, às quais o ser humano dá o nome de som. As ondas com freqüência bem baixa (entre 20 e 100 Hz por exemplo, soam em nossos ouvidos de forma grave, e sons com freqüência elevada - por exemplo acima de 400 Hz, soam de forma aguda).
As claves propagam-se em intervalos definidos de tempo que as notas tem capacidade de sugerir, podendo ser mais longas (maior duração) ou mais curtas (menor duração). A grande maioria das notas empregadas na música possui duração e frequência determinadas, mesmo assim, existem notas indeterminadas em um, ou nos dois sentidos, o que não as faz deixar de serem também notas musicais.
As pautas podem combinar-se sendo tocadas ao mesmo tempo (definindo a harmonia), ou em seqüência (definindo a melodia), e se esses fatores, junto a alguns outros, forem combinados dentro de um determinado padrão lógico pelo intelecto humano, na forma de arte, dá-se a essa seqüência o nome de música.
Origem do nome das notas musicais como conhecemos hoje.
O nome das notas (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) tem a sua origem na música coral medieval. Foi Guido d'Arezzo, um monge italiano, que criou este sistema de nomear as notas musicais - o chamado sistema de solmização. Seis das sílabas foram tiradas das primeiras seis frases do texto de um hino a São João Baptista, em que cada frase era cantada um grau acima na escala. As frases iniciais do texto, escrito por Paolo Diacono, eram:
Ut queant laxis,
Resonare fibris,
Mira gestorum,
Famuli tuorum,
Solve polluti,
Labii reatum.
Tradução: "Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos teus actos admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios impuros".
Mais tarde ut foi substituído por do, sugestão feita por Giovanni Battista Doni, um músico italiano que achava a sílaba incômoda para o solfejo, e foi adicionada a sílaba si, como abreviação de Sante Iohannes ("São João"). A sílaba sol chegou a ser mais tarde encurtada para so, para uniformizar todas as sílabas de modo a terminarem todas por uma vogal, mas a mudança logo foi revertida.
As sílabas ut, ré, mi, fa, sol e la, chamadas vozes, não correspondiam a alturas absolutas na escala, mas apenas a graus num hexacorde. A altura das notas era designada por letras de A a G. A partir de um trecho escrito num modo eclesiástico qualquer, podia-se transpô-lo de uma quarta, quinta ou oitava sem modificar nenhuma das vozes sobre as quais o trecho seria cantado. Uma sequência ré-mi-fa transposta de uma quarta continuava a ser considerada ré-mi-fa, na solmização, e não sol-lá-si bemol como no sistema actual, embora fosse designada por G-A-Bb em vez de D-E-F. Mais tarde, nos países latinos, adoptou-se a designação "dó ré mi fá sol lá si" para representar "C D E F G A B".
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